Histórias do ISH e do Sítio itaporã – 2

Como vocês sabem, temos uma longa história de amor com o Peru. Mas ela também começou no México em 1994.

Nosso amigo Ed, o Edvaldo Pereira Lima, tinha sugerido que lêssemos o livro Regina, um clássico da literatura mexicana que conecta lindamente a espiritualidade de 4 linhagens tradicionais mexicanas (asteca, tolteca, maia e olmeca), com os eventos políticos mundiais de 1968. Depois de lê-lo, sentimos que era o que estávamos buscando: uma tradição espiritual nativa do nosso continente, real, viva e possivelmente acessível. E lá fomos nós, em maio de 1994, conhecer o seu autor Antônio Velasco Piña.

Don Velasco, como era carinhosamente conhecido, muito simpático, nos recebeu gentilmente e nos apresentou a vários professores das tradições ancestrais mexicanas, incluindo Doña Soledad Ruiz (que esteve conosco aqui no Brasil em 1999), e nos disse que precisávamos conhecer o maestro Domingos Dias Porta, chamado de Hermano Maior, e considerado um dos grandes conhecedores das tradições dos povos originários das Américas.   

Em agosto de 1994, nosso primeiro grupo seguia firme com os exercícios ligados ao trabalho de Carlos Castanheda quando tivemos a notícia de que o maestro Domingos Dias Porta viria para a Bolívia, para participar de um Encontro de Abuelos que aconteceria numa comunidade em Cochabamba.

Rapidamente nos organizamos para mandar um enviado especial ao evento que, não só conheceu o maestro como também fez o contato inicial com o peruano Hermano  Vidal Ayala Sinches. Com esse contato, começou um longo namoro com as tradições que faziam uso da sauna sagrada (Temaskal), Busca de Visão, Velações do Fogo, Dietas, etc…. Mas, para que o namoro desse certo, começamos a perceber que iríamos precisar de uma terra própria que fortalecesse a nossa conexão com a Mãe Terra, a Pachamama, e onde pudéssemos praticar essas atividades.  

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